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Homens na minha vida



Desde criança sempre tivemos, eu e minhas irmãs, mais amigos que amigas. Explico: na minha rua só nossa casa e mais uma tinham filhas. As outras tinham filhos.
Marcelo Andreotti e Marcelo Rangel, Mauro, Rogério, Ivo Sérgio Ramos Daniel, Ivano, Nelson, Luciano, Luciano, os irmãos do Sérgio: Luís e Jorge, Eduardo (César), irmão de minha melhor amiga da época, a
Adrianna ou Anna, para nós...
E as meninas éramos estas, eu e a Anna, a Susan -minha irmã, e a Sílvia.
E as outras irmãs menores, minhas: Sandra, Andréa e Ana Maria.
Não conta, pois eram irmãs, apenas!

E assim cresci, brincando entre eles, com bolinhas de gude, pipas, subir em árvores, jogar queimada, brincar de esconde-esconde, pula mula, "beijo, abraço, aperto de mão ou passeio" onde numa tarde dei meu primeiro beijo, na boca- escondido de todos - entre nossas brincadeiras de boneca - SUSI naquela época, e "mocinhas" uma de nossas brincadeiras intermináveis, onde começávamos num dia e só terminava em outro, no fim da semana, às vezes.

E assim, nossa vida na rua era rodeada de garotos. Sempre.

Cresci, mudei de cidade, vim para o interior, SJCampos, e entre amigas que são muito amigas até hoje, fiz várias amizades masculinas.

Após o casamento e a separação, Beto, Bene, Carlos, Zuca, Júlio, Rodolfo, Ronaldo, Distéfano Bastos Marcelo, Louquinho, Alessandro, Marcelo, Rodolfinho, Elder, foram amigos, confidentes, companheiros de enrascadas e pessoas maravilhosas, que passam por minha história.

Os homens, sem eles, que graça teria a vida?

E, os mais amados, os filhos, o marido?

Pois é, tenho três meninos, dois homens já, um garoto. Deus não quis que eu tivesse filhas, e embora meus alunos sempre me perguntem, "Professora a senhora tem uma filha?" , hoje esta questão me tocou e fez eu vir aqui escrever sobre minha vida com os homens, marcada profundamente pela presença deles. E pela importância deles!

Queria ter tido uma filha, logo na primeira gravidez, a do Ivan... depois, queria na do João Pedro, o último... Hoje vejo que sou abençoada e feliz com os meus meninos, meus homens, pedaços de meu coração andando por aí, fora de mim.

E meu amor, João? Antes de amado, amigo, antes de mais nada, companheiro de todas as horas, lindo, carinhoso, amoroso, compreensivo e inteligente, bom papo e boa cabeça, pessoa cheia de qualidades para encher páginas e mais páginas aqui...deixa pra outro dia... ele sabe o quanto o amo...


Outro homem marcante foi meu pai, meu amigo, meu amado, maravilhoso pai, que sempre foi um exemplo de vida, de honestidade, sempre próximo de nós suas filhas, na infância enchendo nos com suas brincadeira de carriola, gavião vai pegar, procurar e achar coisas que ele escondia, em casa, e nos dias de calor na rua, com nossos amigos; e agora que somos adultas, aquele pai com quem conversamos de qualquer assunto, sempre muito atencioso, carinhoso e bondoso, e um grande companheiro e amado de minha mãe...
Boa gente, amigo de seus genros e netos e netas, vozão, cheio de atenção e amor para todos.

Tive ainda os professores: Gabriel, Prado, Luiz de Zootecnia, ainda no colégio, Isaac, de química, ao mesmo tempo temido e admirado, já na faculdade, Professores de zoo - Luiz, Paulo, Edson, pesquisador e bioquímico fora de série.

E hoje, tocada por esta vontade de falar deles, e homenageá-los de alguma forma, depois de ler uma homenagem as mulheres em uma revista, deixo esta mensagem, com carinho a todos os amigos virtuais que também me acompanham aqui, António, Xico, Manuel...

Beijo

Comentários

E viva o Dia dos Homens, tão desorientados homens, tão confusos. Parabéns pelo texto.
DE-PROPOSITO disse…
Um texto enternecedor.
e mais não digo.
Fica bem.
Felicidades.
Um beijinho para ti.
Manuel
Olá Flor.
Já nem sei se estou a escrever para ficar gravado ou não. Voltei atrás para reler umas passagens da tua mensagem de amor e carinho e perdi-me...
Estava eu a tentar dizer que descobri que tenho um livro na minha biblioteca dum autor Leiriense, grande amigo do Brasil, médico, talvez mais velho que eu, cujo título é: "O Céu é dos Pássaros".
Gostei muito deste texto e fiquei com a agradável sensação que aquele "António" a que te referes serei eu!? Seja ou não, a sensação é boa!
A Carolina é capaz de vir a ter olhos azuis, julgamos nós. É que, não sei porquê, só eu na família, é que tem olhos azuis. E então tem sido uma azáfama de emoções sempre que nasce uma criança na minha descendência. Terá olho azul, não terá? Como é que não tenho que ser babado?!!!
Teus sentimentos são sublimes!
vejo neste texto valores que nunca deveriam ter caído em desuso.
Parabéns!!!!!!!!!!!
Adriana Roos disse…
asn, o Antonio é voce, claro!


Paulo, companheiro virtual novo, também a voce meu carinho

Manuel e Phylos, obrigada