Ouvidos

Muitas vezes falamos e não somos realmente ouvidos.
Falamos e achamos que o outro está nos entendendo, mas na verdade ele não está, ou eles não estão.
Hoje, feriado para mim, dia do Servidor Público, acordo cedo, no horário de ir levar meu filho na escola.
De pijama, me arrumo mais ou menos, afinal não ou descer do carro mesmo, somente deixá-lo na porta do colégio.
Meu marido que também já tinha levantado, volta para a cama e minutos depois, quando entro no quarto para pegar chave do carro dele, pergunta:
-Não vai trabalhar?

?
Será que estou a falar com as paredes a semana inteira?
Queria ter ido para a praia a partir de hoje, falei disso o tempo todo, pensando e repensando se valia a pena não ir porque temos que votar no domingo...
Afinal, os nossos ilustres candidatos a presidencia, de ilustres nada tem, eu não gostaria de dar meu voto a nenhum dos dois, vou cumprir meu dever cívico de tentar eleger o candidato que acho está mais a altura desse importante cargo, por falta de opção melhor, mas lá isso já é uma outra historia, para um outro dia.

Fiquei pensando seriamente: ninguém me ouve?

Comentários

Desculpa lá o marido, Flor.

Foi só distracção, algum lapso resultante da sonolência do momento!
Mas custa pressentir que não nos ouvem, especialmente se é mesmo por distracção! Fica-se com uma sensação estranha. Estranho!...

Beijo
António
Uma bela justificativa para não precisar votar, eu não pensaria duas vezes. Praia é tudo de bom.
besos,
Paulo.