Conhecidos também como Kampa, os Ashaninka integram junto com os Piro, Amuesha, Matsiguenga e Nomatsiguenga, o conjunto dos arawak pré-andinos, ramo ocidental da família linguística arawak. O termo Kampa, de origem desconhecida, foi largamente utilizado nas fontes coloniais - as primeiras referências detalhadas sobre os Ashaninka são do ano de 1595 (Varese, 1968 - porém, trata-se de um nome atribuído não aceito por eles; sua autodenominação é Ashaninka , que significa gente, seres humanos . Habitantes do piemonte andino, chegaram ao limite de sua expansão rumo ao oriente, nos confins do sudoeste da amazônia brasileira, região de fronteira entre Brasil e Peru, em terras acreanas. Com uma população em torno de 30.000 indivíduos, os Ashaninka representam quase a metade da cifra estimada para o conjunto dos arawak pré-andinos, que é de 70.000. Em território peruano, onde está a grande maioria desta população, habitam as regiões dos rios Apurímac, Ene, Perené, Tambo, alto Ucayali, Pachit...